domingo, 19 de outubro de 2008

interlúdio: filmes que só a gente não viu

Uno-me ao Leandro Caraça, do blog VIVER E MORRER NO CINEMA, para lamentar a ausência entre os 453 filmesde 75 países na programação 32ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO do filme coreano THE GOOD, THE BAD AND THE WEIRD (2008), de Jee-Woon Kin - que por sinal esteve presente no FESTIVAL DO RIO 2008.

O FESTIVAL DO RIO, aliás, teve anos atrás uma retrospectiva da obra do gênio Sergio Leone, que a MOSTRA também não trouxe.

Ao que parece, Leon Cakoff não gosta de westerns...

Uma pena.

Fiquemos com o trailer, que fala por si:

6 comentários:

herax disse...

o Filipe Furtado desceu o pau no filme na Revista Paisa, se bem que percebi que ele tambem nao curtiu O GOSTO DA VINGANÇA, do mesmo diretor, que eu acho absolutamente do caralho!

Anônimo disse...

"Ao que parece, Leon Cakoff não gosta de westerns..."

Não é só aí que isto acontece. Em Porto Alegre os Westerns são totalmente rejeitados em qualquer mostra, ciclo, festival...

Por incrível que pareça, ainda tem muita gente que não considera o Western um gênero digno de respeito!

Rodrigo Pereira, um sujeito que gosta de cinema disse...

Oi Herax. Após ler o seu comentário, fui atrás do texto do Furtado. Apesar de ser um texto curto, acho que está muito bem argumentado. Faz sentido as coisas que ele diz lá. Vejamos se a gente vai concordar quando virmos o filme. Mas as restrições que ele faz lá me parecem bastante aplicáveis ao SUKYAKY WESTERN DJANGO, do Miike, com o qual eu não consegui me empolgar - e olha que eu gosto de praticamente tudo do Miike. Ainda que THE GOOD, THE BAD AND THE WEIRD seja ruim, não justifica sua ausência da Mostra - onde, por sinal, filmes ruins é o que não falta...

Rodrigo Pereira, um sujeito que gosta de cinema disse...

Oi, Sartana. Acabam de me informar que há sim um western na Mostra desse ano: APALOOSA, do Ed Harris. Parece ser um bom filme e fiquei curioso para ver. Seja como for, é um western americano (não só em termos de produção, mas também em termos de estilo, como se consegue notar pelo trailer). Parece-me que a implicância é especificamente com as versões "distorcidas" do gênero, como o western spaghetti e essa recriação coreana de um western spaghetti. Tem gente que não gosta mesmo - principalmente gente que como o Cakoff, que teve a chance de (não) acompanhar a invasão desses filmes nos cinemas brasileiros nos anos 60 e 70. O que nos resta fazer? Nada, creio.

Unknown disse...

O problema do Cakoff vai além de western. Ele não curte exercícios de gênero de quaisquer estirpe, o que explica a ausência de filmes do Johnnie To, que nunca passam em São Paulo (esse ano ele teria "Sparrow", por ex, mas o Merten, no blog dele, comentou da ojeriza do Cakoff a "esse tipo de filme"). Enquanto isso, o Wim Wenders é convidado especial... Ok, né?
Marcelo Miranda

Rodrigo Pereira, um sujeito que gosta de cinema disse...

Oi, MARCELO. Seja bem-vindo! O Wenders como convidado especial na edição deste ano me incomoda bem menos do que a retrospectiva do Hugh Hudson. E a ausência de filmes do Johnnie To é realmente inexplicável. Engraçado que dia desses achei um artigo do Cakoff, acho que publicado na FOLHA DE S. PAULO em 1974, elogiando CAINGANGUE - A PONTARIA DO DIABO, o faroeste estrelado por David Cardoso que o Carlos Hugo Christensen dirigiu no Mato Grosso. Vai entender...